MEU QUERER!!!
Aqui e agora a beira deste mar...
Queria tanto te falar...
Do amor e da saudade...
Do desejo e da paixão...
Das coisas que rolam...
Neste pobre coração...
Queria tanto te encontrar...
Falar-te de meus sonhos...
Só por um minuto te dizer...
Que o pulsar destes versos...
São todos dedicados a você...
Talvez o que eu tenha a te dizer...
Eu já não posso...
Mas ainda posso fechar...
Meus olhos e em sonhos...
Encontrar-te...
sábado, 30 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Sonhos
"Os que sonham de dia são conscientes de muitas coisas que escapam aqueles que sonham apenas à noite."
(Edgar A. Poe)
(Edgar A. Poe)
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
AH, A Frescura Na Face de Não Cumprir um Dever!
AH, JÁ ESTÁ tudo lido,
Mesmo o que falta ler!
Sonho, e ao meu ouvido
Que música vem ter?
Se escuto, nenhuma.
Se não ouço ao luar
Uma voz que é bruma
Entra em meu sonhar
E esta é a voz que canta
Se não sei ouvir...
Tudo em mim se encanta
E esquece sentir.
O que a voz canta
Para sempre agora
Na alma me fica
Se a alma me ignora.
Sinto, quero, sei que
Só há ter perdido
- E o eco de onde sonhei-me
Esquece do meu ouvido.
AH, A Frescura Na Face de Não Cumprir um Dever!
AH, JÁ ESTÁ tudo lido,
Mesmo o que falta ler!
Sonho, e ao meu ouvido
Que música vem ter?
Se escuto, nenhuma.
Se não ouço ao luar
Uma voz que é bruma
Entra em meu sonhar
E esta é a voz que canta
Se não sei ouvir...
Tudo em mim se encanta
E esquece sentir.
O que a voz canta
Para sempre agora
Na alma me fica
Se a alma me ignora.
Sinto, quero, sei que
Só há ter perdido
- E o eco de onde sonhei-me
Esquece do meu ouvido.
Uma poesia
Fernando Pessoa
Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
Fernando Pessoa, 2-8-1933.
Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
Fernando Pessoa, 2-8-1933.
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